Cláudio Pereira, árbitro da AF Aveiro, dirigiu o Gil Vicente-Sporting da noite passada. Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro
26′ Cruzamento da direita de Francisco Trincão tocou no peito (e não braços) de Marvin. O defesa francês estava em posição defensiva, não sendo compreensível que alguns jogadores e adeptos tenham esboçado pedido de penálti
31′ Cartão amarelo bem mostrado a Santi Garcia, por entrada negligente sobre Geovany Quenda.
36′ Harder usou a mão para cortar deliberadamente a trajetória da bola, cometendo infração na zona do meio-campo. Naquela circunstância é importante que fique claro que não há lugar a advertência (que no caso seria a segunda). A falta é equiparada a uma rasteira imprudente. Para que fosse mostrado o cartão amarelo, teria que haver corte de ataque prometedor ou comportamento antidesportivo (por exemplo, tentativa de marcar golo com as mãos). Bem o árbitro
39′ Zé Carlos derrubou Trincão, em ação que impediu aproximação à área adversária avançado do Sporting. Viu o amarelo com justiça.
41′ O Gil Vicente criou perigo junto da baliza de Rui Silva, na sequência de infração não assinalada de Sandro Cruz sobre Trincão.
43′ Jogada dividida entre Marvin e Harder, com ambos a esticarem o pé à bola. Apesar da queda, foi o avançado dinamarquês quem pontapeou o pé do adversário e não o contrário. Lance legal na área dos gilistas.
52′ Esteve bem o VAR ao recomendar revisão na sequência de erro de interpretação de Cláudio Pereira. O aveirense viu de facto um movimento do braço esquerdo de Castillo, mas esse aconteceu para recolhê-lo para o corpo, não para expandi-lo. A bola foi para essa zona, o que criou a ilusão de que o peruano a teria tentado travar ilegalmente. De resto, corpo encolhido e em posição totalmente defensiva, sem volumetria. Pontapé de penálti bem anulado