325 jogos, 22.888 minutos de competição oficial, 92 golos, 66 assistências, três campeonatos, uma Taça de Portugal e duas Supertaças Cândido de Oliveira depois, Rafa Silva vai fazer no domingo, frente ao Arouca, na 33.ª jornada da Liga, o último jogo com a camisola das águias no Estádio da Luz.
Ainda nenhuma das partes o assumiu publicamente e por isso não pode ser encarado como oficial, mas o avançado de 30 anos termina contrato no final desta temporada e não vai renovar.
Há vários clubes europeus interessados em Rafa e que nos últimos meses sondaram o jogador, especialmente italianos, mas ele estará a caminho de um campeonato mais distante, provavelmente do Catar e do Al Sadd, que no verão o tentou com um contrato milionário na ordem dos €7,5 milhões por época e sobretudo com um prémio de assinatura muito atraente a rondar os €10 milhões. Rafa e os seus representantes continuam, porém, a não comentar o assunto, insistiu já A BOLA.
A SAD dos encarnados não tem capacidade financeira para argumentar e a forma como publicamente lidou com o processo, deixando que se consolidasse a ideia de que Rafa estaria exigir o impossível quando se iniciaram conversações para a renovação, levaram o jogador a praticamente fechar a decisão de sair ainda antes do começo da época. Uma conversa ainda em contexto de estágio de pré-época com Rui Costa, presidente do Benfica, convenceu o atacante a ficar e a finalizar 2023/2024 (também porque só assim poderá beneficiar do prémio de assinatura), mas Rafa está determinado a sair.
A má temporada da equipa — que curiosamente coincide com a melhor época da carreira de Rafa, com 20 golos e 14 assistências em 51 jogos — reforçou a posição; ainda que seja considerado essencial pelo (ainda, porque pode não ficar para 2024/2025) treinador. «Adorava tê-lo o tempo todo, toda a gente quer que ele fique. Mas temos de respeitar a decisão do jogador», já admitiu Roger Schmidt.