O treinador de 39 anos está no radar dos principais clubes da Europa há algum tempo e agora parece prestes a assumir o trabalho mais difícil de todos
Qualquer conversa sobre o futebol português inevitavelmente passa pelos “Três Grandes”: Sporting , Porto e Benfica. Desde o início do século, no entanto, essa disputa tem se concentrado principalmente em um “Grande Dois”. O Sporting dominou nas décadas de 1940 e 1950, conquistando dez títulos entre 1941 e 1958, mas o Porto se consolidou como o principal rival do Benfica a partir dos anos 1980, enquanto o Sporting enfrentava um período sem títulos na década de 1990. Houve um breve ressurgimento no início dos anos 2000, mas logo o clube entrou em sua maior seca de troféus, enquanto Benfica e Porto revezavam o título por longos 19 anos.
Entretanto, a falta de conquistas não era o único problema. A atmosfera ao redor do clube tornou-se tóxica, e em 2018, o cenário chegou ao extremo: cerca de 50 torcedores mascarados invadiram os vestiários no centro de treinamento e atacaram jogadores, ameaçando-os com gritos de “Vamos matar vocês”. O episódio levou sete jogadores, incluindo Rui Patrício e William Carvalho, além do promissor Rafael Leão, a rescindirem seus contratos. A crise culminou com a destituição do presidente Bruno de Carvalho, demitido pelos próprios sócios do clube.
Mas, surpreendentemente, apenas três anos após o episódio mais sombrio de sua história, o Sporting rompeu o domínio de duas décadas de Porto e Benfica, conquistando o título da liga em 2021. O responsável por essa transformação histórica foi Ruben Amorim, o técnico que, agora, o Manchester United escolheu para substituir Erik ten Hag.