Mercado de Valor’ é o espaço semanal de opinião de Diogo Luís.
No futebol, tudo muda muito rapidamente. Em um momento, títulos são celebrados e promessas eternas são feitas; em outro, tudo desmorona, seja por resultados ruins ou projetos e objetivos divergentes. O interesse do em Rúben Amorim é apenas mais um exemplo de que o futebol é tudo sobre o momento!
Rúben Amorim tem uma oportunidade única em mãos. Quantos treinadores entraram diretamente na Inglaterra em um grande clube vindo de ligas menores? Eu diria que poucos. Em Portugal, José Mourinho e André Villas-Boas são os únicos que conseguiram, após sucesso doméstico, mas também em competições europeias onde obtiveram êxito.
Entrar diretamente na Premier League é uma tarefa incrivelmente complicada. Ainda mais desafiador é assumir um clube da estatura do Manchester United. Diante desses dois fatos, todos entendemos a importância da oportunidade que Rúben possui. Esses são os momentos que todo treinador sonha, e eles não podem escolher o timing. Quando eles surgem, devem ser agarrados com ambas as mãos. É claro que clubes que perdem seu capitão tornam-se insatisfeitos, até frustrados, conhecendo a dificuldade em substituir ativos de tanta qualidade. Foi o caso em Braga, quando António Salvador perdeu o então jovem Rúben Amorim, que ainda não havia completado seu curso de treinador. Salvador, por fim, percebeu que treinadores como Rúben Amorim são raros, assim como Frederico Varandas logo entenderá.